Pilates e Programa Neurolinguístico
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Pilates e PNL (Programa Neurolinguístico): como se tornar um melhor instrutor de Pilates
O Programa Neurolinguístico (PNL) é uma abordagem em comunicação, desenvolvimento pessoal, e psicoterapia. Há uma conexão entre processos neurológicos, linguagem e padrões comportamentais que são aprendidos através de experiências e que podem ser organizados para se atingir metas específicas na vida. Foi criado por Richard Bandler, um estudioso matemático, e John Grinder, um professor de linguística da Universidade da Califórnia em 1972. Desde então, outras pessoas têm complementado o programa com suas próprias técnicas e idéias. PNL tem crescido mundialmente e o PilatesEVO é um sistema em que se utiliza o PNL como base para aprender e ensinar o método Pilates. Este artigo tem como objetivo mostrar ao instrutor de Pilates, que é possível utilizar essa ferramenta para melhorar as aulas e o aprendizado dos alunos, visto que, muitas vezes os alunos têm dificuldade em entender os movimentos e porquê devem realizá-los da maneira que ensinamos. Assim como também temos alunos que são mais difíceis de fidelizar em nossas aulas.
O nome PNL é quase explicado por si só:
Neuro/Neurologia é o estudo do Sistema Nervoso. Como pensamos/como funciona todos nossos processos fisiológicos.
Linguística é o estudo da linguagem e de como usá-la, bem como seu efeito em nós e em outras pessoas.
Programação é sobre a sequência das ações que tomamos e a ordem em que as tomamos. Porque fazemos e porque pensamos da maneira que pensamos, e como nos levantamos da cama e nos motivamos a fazer todas as coisas que queremos a cada dia.
Então, no PNL tentamos unir todas estas áreas em um Sistema que pode ajudar pessoas a obter uma nova perspectiva de suas vidas, fazê-las melhores na comunicação e se comportarem diferente para alcançar o melhor. Claramente, esse trabalho pode ajudar pessoas a mudar suas próprias vidas para melhor, mas, em nosso caso, nos ajudar como profissionais do Pilates a melhor muito o aspecto da comunicação com nossos alunos e como lidar com diferentes tipos de pessoas!
Incluindo PNL na aula de Pilates
Existem 7 razões principais para se utilizer o NLP no Pilates
1) Faz com que seu aluno entenda os movimentos do Pilates com maior facilidade
2) Faz com que seu aluno goste mais de suas aulas
3) Permite que seu aluno ganhe maiores benefícios de sua aulas
4) Faz com que você possa se tornar um melhor professor, passando as informações de maneira mais eficaz
5) Faz com que você entenda melhor as necessidades do seu aluno
6) Faz com que você melhore a interação entre você e seu aluno, inclusive em aulas para grupos
7) Te ajuda em sua própria vida. Entender você mesmo e alcançar seus objetivos pessoais
Todos estes pontos acima também te ajudarão a manter seus alunos e a qualidade das aulas bem como o mais esperado: o resultado, seja ele qual for!
Há muitos aspectos do PNL que eu costumo ensinar durante o curso do método criado por mim, o PilatesEVO mas, neste artigo falarei sobre os Sistemas de Representação. É apenas uma parte do PNL mas, uma parte muito importante pois nos ajuda a entender como as outras pessoas aprendem.
Todos nós já passamos pela experiência de encontrar alguém que nos identificamos ao primeiro momento ou alguém com quem não nos sentimos muito confortáveis. Isso pode acontecer no trabalho, num bar, e crucialmente durante uma sessão de exercícios. Tenho visto pessoas deixarem de frequentar aulas dizendo “eu simplesmente não consigo” ou “eu não consigo me conectar com a aula ou com o professor”. Estas pessoas geralmente não têm consciência do porquê da existência destes sentimentos, mas através deste artigo podemos imaginar como se conscientizar sobre estes motivos e saber as razões pelas quais estes sentimentos podem ocorrer. Este conhecimento é muito poderoso e pode transformar nossas aulas e tornar-nos também pessoas de sucesso.
Classificação dos Sistemas de Representação
Nós processamos informações através de quatro formas distintas: visual; auditiva; cinestésica e cognitiva. Estas são as maneiras em que representamos o mundo aravés de nossos cinco sentidos e como nós tipicamente nos comunicamos de volta com o mundo. Quando a informação alcança nosso cérebro, uma experiência de mundo ganha significado e forma. Esta é a nossa representação, ou seja, nossa percepção da informação. Embora todos nós utilizemos todas os sistemas de representação, nós sempre tendemos a ter uma preferência entre eles.
Então quais são os quatro sistemas de representação (ou aprendizado)?
Visual
Pessoas visuais memorizam através de figuras ou fotos. Então, estas pessoas geralmente têm dificuldades em se lembrar de instruções verbais porque suas mentes tendem a “vagar”. São pessoas que se distraem menos com ruídos ou sons mais altos e geralmente utilizam frases visuais.
Pessoas visuais precisam “ver a informação” para poder entendê-las, gostam de um feedback baseado no visual e de usar gestos!
Auditivo
Pessoas que são predominantemente auditivas memorizam informações passo a passo e através de sequências. Gostam de ouvir o feedback através de conversas. Elas tendem a utilizar frases auditivas e se interessam naquilo que temos a dizer. Elas podem ser excelentes ouvintes, gostar de música e da voz falada.
Pessoas auditivas gostam de memorizar informações passo a passo, através de procedimentos sequênciais. Gostam de ouvir “como estão indo” e respondem à um determinado tom de voz ou conjunto de palavras.
Cinestésico
Pessoas cinestésicas processam informações que lhes são ditas para determinar seus sentimentos. Elas respondem bem ao toque e a recompensas físicas. Interessam-se em como se sentem e memorizam através do processo de realizar.
Pessoas cinestésicas respondem ao programa se sentirem-se bem. São pessoas muito físicas e gostam de ser tocadas. Elas aprendem atráves de uma ensino passo a passo.
Cognitivo
Pessoas cognitivas “conversam consigo mesmas” e gostam de pensar em como as informações podem fazer sentido e então as entendem. Dão muito valor na lógica e gostam de detalhes.
Pessoas cognitivas: precisam entender porque estão fazendo aquilo que estão realizando. Novas idéias precisam fazer sentido e serem lógicas para que elas possam se engajar completamente.
Há um teste simples para se fazer em casa que dá a idéia de qual sistema de aprendizado fazemos parte. No link https://www.facebook.com/pilatesevo, é possível mandar uma mensagem inbox com endereço de email e então enviaremos um teste. É possível utilizarmos este teste com os nossos alunos!
Neste teste podemos ver que aprendemos através da fusão destes sistemas, mas com um ou dois sistemas dominantes. Estatísticas sugerem que em países desenvolvidos, 60% das pessoas são predominantemente visuais, 20% auditivas e 20% cinestésicas. Isso explica porque fotos de propagandas no Facebook funcionam melhor do que os anúncios feitos apenas com palavras ou textos. Então, vale a pena lembrar disso quando criamos materiais de marketing e também quando estamos ministrando nossa aula de Pilates!
O sistema de aprendizado que usamos com maior predominância é como um idioma especial que abraça todos os nossos processos mentais de consciência, do pensamento, das lembranças, da imaginação e da percepção. Entender todas estas questões mais claramente, permite que nos comuniquemos melhor conosco e com outras pessoas e que possamos controlar a maneira que interpretamos as informações. Então, uma vez que entendemos mais sobre como representamos informações para nós mesmos, podemos melhorar nosso próprio aprendizado e nossas aulas focando em um sistema favorito e desenvolvendo os outros sistemas também de acordo com nossos alunos.
Como utilizar os Sistemas de Aprendizagem
Se ensinarmos utilizando somente os métodos visual e auditivo (como muitos professores fazem), não será surpresa se algumas pessoas em nossas aulas não responderem adequadamente ao que ensinamos. Isso nos mostra que possivelmente, elas preferem outros sistemas que não estamos utilizando.
Como podemos maximizar o potencial de treinamento em nossos alunos?
Pessoas visuais: devemos dar demonstrações claras dos movimentos
Pessoas auditivas: devemos instruir de forma muito clara enquanto demonstramos os movimentos.
Pessoas cinestésica: devemos tocar os alunos até o ponto em que sintam certeza de que seus corpos estão realmente alinhados da maneira que devem ficar e seus movimentos estão perfeitos ao ponto de estas pessoas sentirem realmente as sensações devidas.
Pessoas Cognitivas: devemos explicar não somente como fazer os movimentos mas, o porquê de estarmos realizando estes movimentos. Estas pessoas precisam entender o que estão fazendo e o porquê estão fazendo.
Parece óbvio mas, quando nos aprofundamos nos sistemas de aprendizado, passamos a avaliar muito melhor nossos alunos e a conhecê-los melhor também assim como a nós mesmos. Nossas aulas ficam mais produtivas e os alunos interagem melhor com o grupo e com o instrutor. A fidelização dos alunos aumenta e são vistos muitos resultados satisfatórios. Os objetivos são alcançados rapidamente. Vamos testar!
Por Chris Hunt – Nascido em Londres/Criador do Método PilatesEVO que utiliza movimentos mais funcionais, PNL, meridianos e meditação (utilizado por muitos instrutores de Pilates em vários países incluindo Russia e toda a Europa, chegando agora no Brasil!).Trabalha com Pilates há 25 anos. Parceiro da MR3 – Sport/Training/Nutrição em São Paulo (com Marcelo Capella). Cursos no Brasil (São Paulo, dias 19, 20, 21 e 22 de Maio). Contato: educations@pilatesevo.com
Traduzido pela fisioterapeuta Dra. Renata Barros dos Santos (MR3 – Sport/Training/Nutrição)